O discurso de Gaspar, ontem na AR, mostra que temos um ministro sério à brava, embora muito manhoso.
Para ele tudo tem sido cumprido e a sua politica é um sucesso.
Senão fossem o raio das circunstâncias internacionais e o défice de 2012 teria sido, não de seis e tal mas sim de cinco e picos.
Só omitiu que os cinco e picos já tinham sido uma rectificação aos prometidos e orçamentados quatro, mais coisa menos coisa.
Sendo que nenhuma das coisas o atrapalhou quando se esqueceu de ser honesto, na sua defesa e auto-elogio.
É que se em 2012 as "circunstâncias", as da Europa e do mundo, não eram famosas, que dizer de 2009 ?
Ora! Na altura o governo era PS, e sabe-se que os socialistas administravam um país fora da EU, fora do planeta, quiçá.
Ainda assim reconheceu que, nesse ano, o governo PS seguiu, entusiasmado diz ele, as recomendações expansionistas da UE para combater a crise.
Pode ser.
Sempre é melhor um entusiasmado no investimento público para combate uma crise recessiva do que um fanático arrebatado na aplicação da receita da pobreza, da entrega de tudo aos privados, do desemprego, da diminuição enorme da protecção social, dos aumentos enormes no SNS. Tudo muito depressa e caladinhos.
Se pudessem claro...
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